Caixinha de sonhos

Te evito na razão,
porém a idéia do
interdito é em vão.
Todo meu esforço
para conter pulsões
é o que, no fim, abre
de uma vez por todas
a caixinha de sonhos.
Indomáveis, partem
para um outro azul
do querer profundo.
E te descubro ali,
lânguida ferida
no ventre selvagem.
É lá, em teu jardim,
onde sou, perdido,
o mais estrangeiro
de todos aqueles
que te recobrem.
Rio, janeiro de 2006
2 Comments:
Poeta, muito sugestivo nestas metáforas perfeitas!
Gosto sempre dos seus versos.
beijos
Obrigado, pelo elogio. Ainda falta tanto para escrever bem...
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