Thursday, December 07, 2006

Caixinha de sonhos



Te evito na razão,
porém a idéia do
interdito é em vão.
Todo meu esforço
para conter pulsões
é o que, no fim, abre
de uma vez por todas
a caixinha de sonhos.
Indomáveis, partem
para um outro azul
do querer profundo.
E te descubro ali,
lânguida ferida
no ventre selvagem.
É lá, em teu jardim,
onde sou, perdido,
o mais estrangeiro
de todos aqueles
que te recobrem.


Rio, janeiro de 2006

2 Comments:

Blogger Saramar said...

Poeta, muito sugestivo nestas metáforas perfeitas!
Gosto sempre dos seus versos.

beijos

1:04 AM  
Blogger ipaco said...

Obrigado, pelo elogio. Ainda falta tanto para escrever bem...

7:18 AM  

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mariposas: Caixinha de sonhos