Zás

Ao girar, presto,
Sem querer
O gesto flagrei
Vi que, distraída,
Me espiava.
Foi um segundo,
um zás no mundo,
Eternidade.
Antes que vestisse a pose
E, envergonhada,
Guardasse os olhos
Voltasse aos seus.
Desfeito o ar
Descompreendi a vida.
Mas, na multidão,
Seguimos cúmplices
Do breve desvario,
Testemunhas do frio
Que queimou o ventre.
Rio, 26 de abril de 2008
(entre poetas)
2 Comments:
(E se num outro zás-minuto-do-no-mundo, antes do recolher olhos, engolires olhos))
se daria a mágica do encontro...
Post a Comment
<< Home